Críticas dos leitores

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Don Juan

1 estrela

José Miguel Costa

Eis a sinopse do filme "Dom Juan" do realizador Serge Bozon: "No dia do casamento, Laurent, um actor de teatro que encarna o famoso sedutor Don Juan, não consegue deixar de ver a sua ex-noiva em todas as mulheres que conhece. Decidido a reparar o seu coração partido e a alimentar o seu ego pisado, tentará seduzir todas, mas nenhuma parece receptiva aos seus elaborados (e musicais) avanços. Enquanto isso, no teatro, a co-protagonista demite-se e a produção traz a ex-noiva de Laurent para a substituir."

Limitei-me a transcrever a descrição disponivel na imprensa, pois confesso que nem tive tempo para aperceber-me da história na integra, já que não aguentei ficar na sala de cinema mais de 15 minutos. A indefinição do tom desta obra patética, com pretensões (pseudo)poéticas, começou a irritar-me logo nos primeiros minutos, todavia, quando oiço a primeira canção fiquei lívido... à terceira "morri" (levantei o cu da cadeira e "ala, que se faz tarde"!).

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Debaixo das Figueiras

3 estrelas

José Miguel Costa

"Debaixo das Figueiras", filme de estreia da jovem realizadora e argumentista franco-tunisina Erige Sehiri, acompanha um dia de laboração - na colheita de figos - de um grupo de trabalhadores sazonais (maioritariamente jovens) de uma comunidade rural da Tunisia, durante o período de férias escolares.

Apesar de possuir uma história base simples e linear, com a acção a decorrer num espaço físico e temporal limitado (desde que são transportados para a herdade pelo patrão, numa pequena carrinha, ao raiar do sol, até ao momento do seu retorno a casa no final do dia), acaba por seduzir-nos devido às suas imagens naturalistas e, simultaneamente, nostálgicas ("desenhadas" por uma radiosa luz natural e captadas, alternadamente, com câmara à mão e planos fixos abertos), bem como pela química emanada pelo elenco de jovens locais não actores (em constante "flirt" entre si... e com a câmara).

Realce-se, igualmente, o realismo da sua narrativa que "disserta" de forma espontânea/"naif", e por entre extemporâneas discussões decorrentes de (des)amores, acerca de questões laborais e sexistas que afectam esta sociedade patriarcal marcadamente conservadora.

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Dupla Traição

Actores de primeira

José Manuel Vieira Faria

Um filme negro de ciúme, obsessão, sentimental e desconcertante.

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Retaliação

Vê-se bem

Pedro Portugal

Um bom filme de acção e suspense.

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Retaliação

Um bom filme de suspense e de acção

Paulo Lisboa

Fui ver este filme, porque achei o argumento potencialmente interessante e porque gosto de ver Liam Neeson a actuar. Gostei do filme, é um filme que se vê bem, está bem realizado, tem suspense quanto baste, tem uma boa actuação de Liam Neeson e boas cenas de acção. Estamos perante um bom filme de acção e de algum suspense. Numa escala de 0 a 20 valores, dou 16 valores a este filme

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Umberto Eco - A Biblioteca do Mundo

Umberto Eco - La Biblioteca del Mondo

Rita Bauer

Um documentário estimulante para quem quer alimentar a curiosidade intelectual ou, nas palavras do próprio Umberto Eco, estar vivo!

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Retratos Fantasmas

Retratos fantasma

São Trindade

Um ótimo trabalho.

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A Romancista e o Seu Filme

2 estrelas

José Miguel Costa

O realizador sul-coreano Hong Sang-Soo é um dos meus ódios de estimação, não suporto quase nenhum dos seus filmes (inclusivé, dois deles já me levaram ao abandono da sala de cinema).

No entanto, qual masoquista, volto sempre ao "local" onde não fui feliz de cada vez que o dito cujo estreia uma nova obra (e o pior é que ele se revela bastante produtivo), para tentar ver se ele me "entra" (salvo seja!), pois chego a questionar-me se não terei um qualquer handicap intelectual, já que a generalidade da critica especializada endeusa-o.

Deste modo, lá fui visionar "A Romancista e o Seu Filme" (que arrebanhou o Urso de Prata no Festival de Berlim ��), tendo-me mantido sentadinho até ao final da sessão, e eis que... obviamente, não gostei! A sua cinematografia ultra-minimalista, despojada de quaisquer aparatos técnicos (e, geralmente, fazendo uso de uma magnifica fotografia a preto e branco muito contrastada), por norma (e resumindo-a de uma forma algo simplista), cola "meia dúzia" de longos planos-sequência captados por uma câmara estática (com esporádicos zooms e um ou outro reenquadramento por breves segundos), articulados cronologicamente, nos quais os personagens que os "povoam" conversam (com a rigidez comportamental que caracteriza os orientais) sobre assuntos de circunstância despretensiosos que "não interessam nem ao menino jesus", invarialmente sentados face to face junto a uma mesa.

Para não estranharmos, volta a adoptar o seu "método" idiossincrático nesta obra que conta a história (se é que assim podemos chamá-la) de uma inconveniente velha escritora, a contas com uma crise de inspiração, que após visitar uma ex-amiga que não contactava há vários anos, aquando da sua viagem de retorno a casa cruza-se casualmente com três figuras (duas delas suas conhecidas), sendo que fruto da interacção social daí resultante decide produzir a sua primeira curta-metragem.

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Retaliação

Retaliação

Teresa Dias

Plágio completo do filme “de$conecido” espanhol de 2015!!!!!����������

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Diário de Um Romance Passageiro

Diário de um romance passageiro

Fernando Oliveira

Podíamos pegar no nome do filme anterior de Emmanuel Mouret para definirmos este “Diário de um romance passageiro”: o que eles, o casal de amantes, dizem pode ser, ou não, o que eles fazem. O filme é isso mesmo: um diário de uma relação entre um homem e uma mulher que depois de se conhecerem resolvem ter uma relação física passageira, só que a relação vai-se prolongando e nós vamos assistindo ao passar dos dias, a data é-nos mostrada em quadros negros, enquanto os dois vão essencialmente falando e discutindo sobre a sua relação.

É portanto um filme que nos fala, a palavra certa, sobre a arte de amar (e já agora “A arte de amar” é também o nome de um filme de Mouret que estreou em Portugal há uma dezena de anos e que nunca vi), as conversas são sempre mais importantes que os que os personagens fazem nos filmes de Mouret.

Sandrine Kiberlain é Charlotte uma mulher livre e exuberante que quer apenas uma relação passageira, é o que promete o título do filme, com ele, Simon, interpretado por Vincent Macaigne, um homem casado e que parece estar sempre desconfortável com a relação. Mas são dela os primeiros olhares tristes. Um filme é assim um “discurso” sobre as tristezas e as alegrias de uma relação amorosa. Sobre a aprendizagem que é necessária.

E como é que Mouret filma isso? Mostrando os dois amantes sozinhos a aprenderem as “regras” do amor. Assim mesmo: não há quase mais ninguém no filme, Charlotte e Simon vão tendo os seus encontros, mais ou menos espaçados no tempo, deambulando sozinhos pelos jardins da cidade, no campo, em galerias de arte, na casa dela ou em quartos alugados (como “Adão e Eva” no paraíso, mas agora a dizerem-nos que comer a maçã pode ser a melhor das escolhas). E falam, falam mesmo muito. O sexo, o compromisso inicial, fica sempre “escondido”.

Tudo de forma muito simples, mas com muita graça. Até que resolvem juntar uma estranha à sua relação, o desejo de experimentar o sexo a três. E Charlotte e Louise (a terceira personagem do filme, interpretada por Georgia Scalliet) apaixonam-se, e o romance dos dois amantes termina. Meses depois voltam a encontrar-se. Será que terminou mesmo?

Pensamos em Woody Allen (Charlotte podia ser Annie, Simon podia ser Alvy) e em Bergman (o reencontro no fim, numa sessão de cinema com “Cenas da vida conjugal”, “puxa-nos” para o seu Cinema), mas se a propósito de “As coisa que dizemos, as coisas que fazemos” lembrei Lubistch por causa do sorriso final, este filme prova que Mouret é um extraordinário criador de comédias românticas. Lubitsch, então. (em “oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com”)

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